Stetson Kennedy esteve infiltrado por mais de um ano dentro de uma das maiores organizações racista dos EUA e, de lá, repassava tudo o que via a membros confiáveis do governo; por diversas vezes esteve sob olhares desconfiados dos membros e até fora “julgado” por eles em mais de uma ocasião mas, apenas veio a se revelar, de fato, como “traidor”, anos depois, quando testemunhou publicamente contra a organização.
Mas quem era seu maior colaborador na luta?
Ele, o homem de aço, Superman!
SUPERMAN, O MAIOR HERÓI DOS QUADRINHOS.
Para comemorar nossa Primeira Edição Reformulada falaremos (para cumprir nossa boa ação do dia) sobre um dos maiores heróis dos quadrinhos, se não o maior: SUPERMAN!
É, creio que alguns de nossos leitores (eles existem?) possam até ter sentido uma leve “coceira” quando leu “se não o maior”, mas seria reduzir a GRANDEZA do homem de aço não admitir isso, visto que ele já ajudou até mesmo a salvar pessoas no mundo real e “destruir” um dos grupos neonazistas mais temidos nas terras do Tio San, a Ku Klux Klan; numa missão “suicida” Stetson Kennedy “passou informações” ao Super Homem e este “denunciou” as atividades da organização sendo finalmente ouvido pelas autoridades!
Ao final da Segunda Guerra Mundial, “seguindo o exemplo de Hitler” a organização racista que já existia desde meados de 1866, buscou meios de expandir seu “domínio” por todo o território americano:
-Enquanto estivemos na guerra “eles” ficaram com os melhores empregos!
Diziam seus membros a respeito de pessoas negras (claro que também perseguiam outros tipos de “minorias”, como homossexuais, católicos e judeus). Então a organização buscou estabelecer algumas leis que a “beneficiasse”, já que tinham membros e contatos dentro da politica, polícia e outras instituições relevantes e as pessoas comuns nada podiam fazer contra ela senão se intimidarem, fazerem vista grossa e/ou apoiarem os ideais “patriotas”; Foi então que um escritor chamado Stetson Kennedy saiu da Flórida para se infiltrar dentro da organização em Atlanta (lugar onde eram mais poderosos) e graças a ele é que esta veio a ser detida.
Kennedy esteve infiltrado por mais de um ano e repassava tudo o que via a membros confiáveis do governo; Por diversas vezes esteve sob olhares desconfiados dos membros e até fora “julgado” por eles em mais de uma ocasião, mas apenas veio a se revelar de fato como “traidor” anos depois quando testemunhou publicamente contra a organização.
Mas quem era seu maior colaborador na luta?
Ele, o homem de aço, Superman!
Sim, foi incrível que um personagem fictício tenha se tornado uma peça chave para combater a organização, já que as autoridades reais não davam ouvidos as acusações de Kennedy, pois “formar um clube e sair por ai com o uniforme do mesmo” não era crime.
Nos anos quarenta nos EUA, Superman possuía uma série de rádio que era extremamente popular, tal qual as próprias HQs; E foi por intermédio da Anti-Defamation League que Stetson repassou as informações que reunira sobre os rituais e objetivos da organização, então num esforço para destruir a imagem da mesma, os produtores a inseriram como vilã nas histórias do Superman, a retratando como sendo algo ridículo e fora de seu tempo, a fim de convencer principalmente o público de que a “ordem” deveria ser desprezada.
Jimmy Olsen:
– “Eu não entendo… Por que o Clã da Cruz de Fogo queimaria uma cruz na frente da casa de Tommy Lee?”
Superman:
– “Porque o clã é formado de idiotas intolerantes, Jim!”
E por mais inacreditável que esta história possa parecer, a estratégia foi efetiva e logo até mesmo os filhos de membros da organização estavam zombando dela, ridicularizando seus rituais ou o fato de sempre substituírem as primeiras letras das palavras por “kl”, por exemplo; Suas forças foram minadas, membros a abandonaram, leis contra a organização foram aprovadas e ela perdeu toda a influência que tinha nos anos 1910.
Stetson Kennedy continuou a lutar por mais de cinco décadas contra o racismo e a discriminação, e ocasionalmente, aquele senhor de mais de noventa anos ainda recebia ameaças pelo que fizera a organização, assim como cartas e agradecimentos de milhares de pessoas que receberam auxílio através do que este escritor teve coragem de fazer.
Em 2019 a DC publicou a HQ “Superman Smashes the Klan”, que retrata de forma brilhante a série de rádio dos anos quarenta, acrescentando alguns detalhes curiosos, como por exemplo, o fato de Superman não usar todo o seu poder aqui, ele apenas se limitava a “ser um pouco melhor que um humano comum”, ou seja, se uma pessoa corria muito rápido, ele apenas corria um pouco mais rápido, se um humano era forte, Superman era só um pouco mais forte, e de certa forma, a própria organização o usava como exemplo da “superioridade da raça”, até que finalmente, durante a trama, ele assume sua identidade como um ser alienígena e isso, claro, tem suas implicações para a imagem da organização. Sem dúvida, uma das melhores histórias do Homem de Aço, apresentada numa minissérie de três edições fechadas, é, sem dúvida, obrigatória aos fãs do mesmo, não somente pela história em si, mas como um tributo ao herói fictício que atuou no mundo real pela justiça!
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