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AS ORIGENS DO CORINGA

Coringa sempre foi e sempre será o maior inimigo do Homem-Morcego, de tal forma que é quase impossível falar em um, sem pensar no outro. Mas se Batman teve uma origem bem definida desde sua criação, com o Coringa não ocorreu assim, na verdade, por anos ele permaneceu sem uma história de nascimento e, de certa forma, ainda hoje ele permanece assim, pois algumas histórias diferentes deram origem as várias versões do Coringa, tanto que há até um tipo de piada no filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), onde o próprio Coringa conta diferentes versões para sua origem.


A ORIGEM DO CORINGA

Que tal falarmos um pouco sobre um dos maiores embates dos quadrinhos/desenhos/cinema?
Batman vs Coringa; o eterno duelo entre o cavaleiro das trevas e o palhaço do crime; vamos consultar a origem e algumas curiosidades do palhaço neste processo. A origem do personagem é bastante curiosa e tem mudado a cada nova mídia ou HQ lançado, não sendo tão consolidada como a do Batman; mais precisamente, foi Alan Moore quem primeiro criou uma história para nosso palhaço das trevas, é claro que vamos falar disso ao longo da edição:


A ORIGEM DO CORINGA

Coringa sempre foi e sempre será o maior inimigo do Homem-Morcego, de tal forma que é quase impossível falar em um, sem pensar no outro. Mas se Batman teve uma origem bem definida desde sua criação, com o Coringa não ocorreu assim, na verdade, por anos ele permaneceu sem uma história de nascimento e, de certa forma, ainda hoje ele permanece assim, pois algumas histórias diferentes deram origem as várias versões do Coringa, tanto que há até um tipo de piada no filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), onde o próprio Coringa conta diferentes versões para sua origem.
Entretanto, a primeira grande origem contada, ainda nos quadrinhos, esteve a cargo de Alan Moore, na incrível HQ “A Piada Mortal” de 1988, que mais tarde (em 2016 pra ser exato) ganhou uma adaptação em animação bastante fiel, sombria e adulta; nela conhecemos o Capuz Vermelho: trata-se de um tipo de lenda urbana, os bandidos de Gotham City alimentam o boato de sua existência, e em alguns roubos “importantes” designam um “bode expiatório” para protagonizar o feito, claro que, como percebeu, tudo isso não passa de encenação, não existe nenhum Capuz Vermelho de verdade, é só uma tentativa de despistar o Batman, o levando a investigar um criminoso que não existe e se esquecer dos verdadeiros bandidos, inteligente não?
É precisamente aí que um comediante acaba se metendo, no manto de Capuz Vermelho para ganhar uns trocados, o mais interessante é que durante toda a trama conhecemos muito de sua vida antiga, mas um mistério permanece, pois seu nome não é revelado. O que sabemos é que ele era um humorista fracassado, desempregado e enfrenta dificuldades com sua mulher que estava grávida, mas de algum modo ele encontra forças para continuar. Porém é precisamente por conta de seus problemas financeiros que, sem opção, acabou aceitando o “trabalho”.
Em dado momento, o comediante até tenta desistir do trabalho, pois o dinheiro não valia o risco, mas é ameaçado e forçado a continuar, terminando por se tornar uma mera vítima das circunstâncias; tudo piora para o desafortunado futuro Coringa, quando Batman interfere acreditando que está lidando com o perigoso Capuz Vermelho e no meio do conflito, o derruba em um grande caldeirão de produtos químicos provando que “basta um empurrão para que a insanidade domine”; provando assim como dito por diversas “autoridades” dentro das histórias da DC que Batman é realmente o responsável por criar seus inimigos e desta vez não foi diferente, já que, dentro da mistura, a aparência daquele comediante fracassado foi afetada de tal maneira que quem emergiu foi uma figura pálida e de cabelos verdes totalmente dominada pela loucura; acabava de nascer o Coringa e sua obsessão por destruir Batman, tal qual ele o destruiu!

A SERIE ARKHAM

A série de games Arkham iniciada em 2009 com o jogo Batman Arkham Asylum trouxe uma nova “identidade” não só ao morcego, mas para todos os games de super-heróis em geral, pode se dizer que foi um dos grandes marcos a ser imitado em jogos futuros dos mais variados gêneros; a transformação mais interessante no personagem Batman (na minha opinião), nesta nova série, foi a completa reformulação de seu estilo de luta: sempre soubemos que Bruce havia se tornado um mestre em diversos estilos de Artes Marciais, mas isso não era bem expresso devido as animações e HQs, que apesar de presarem por uma ação e enquadramento realmente dinâmicos, não se atentavam muito para a fidelidade das técnicas Marciais, é por isso que vimos algumas vezes Bruce trajando nada além de um “quimono genérico” afirmando praticar Jiu-Jitsu, mas executando técnicas muito estranhas de chutes (série animada de 92)… porém tudo mudou com Arkham Asylum e suas sequências, finalmente tivemos movimentos fiéis e realistas (apesar de muito exagerados em certos momentos), se tornou possível identificar perfeitamente os golpes dos mais variados estilos do morcego, com o grande destaque para as torções de Aikido que agora representam boa parte de seu arsenal de imobilizações.
É claro que Coringa também precisava estar presente nesta série ou ela não estaria completa, no game “Arkham Origins” de 2013, vemos como se deu seu primeiro encontro neste universo, não só com Batman mas também com a médica Harleen Quinzel (Arlequina), numa cena simplesmente incrível, em que Joker (Coringa) conquista o coração da garota ingênua com sua lábia, ao mesmo tempo que suas palavras eram, na verdade, dirigidas a recente fascinação por ter encontrado alguém realmente digno de se destruir, Coringa havia encontrado em Batman, mais especificamente em destruir o Batman, uma razão de viver, e Harleen encontra o mesmo sentido em Coringa!

O RETORNO DO CAPUZ VERMELHO

Outra história clássica das HQs e que também está presente nos jogos da série Arkham, porém com um desfecho ligeiramente diferente, é aquela em que Coringa assassinou o segundo Robin: para quem não está ciente, vários foram os “garotos” que assumiram o papel de Robin ao longo dos anos, dentre eles o mais conhecidos é Dick Grayson, do trágico acidente com a família de trapezistas conhecida como “os Grayson Voadores”. Wayne então adota o jovem Dick e este vem a se tornar o primeiro Robin.
Com o passar do tempo e os desentendimentos com Batman, Dick abandona a identidade de Robin tornando-se o Asa Noturna, nome este que foi uma sugestão de Superman, sendo um antigo herói do planeta Krypton; é então que surge o segundo Robin, Jason Todd, um garoto problemático, pego em flagrante pelo Morcego enquanto tentava roubar as rodas do Batmóvel; vemos muito bem tal personalidade agressiva na série “Jovens Titans” de 2018.
Todd sofreu um destino terrível nas páginas do Orelhudo, pois em uma publicação de 1988 a 89, os fãs tiveram a permissão de escolher (através de cartas) qual seria o desfecho da história deste Robin: o resultado disto foi que Jason foi surrado até a morte por Coringa usando como arma um pé de cabra (os fãs o amavam…)!
Esta estória também é abordada na animação “Batman contra o Capuz Vermelho” de 2010, em quem Ra’s Al Ghul, líder da Liga das Sombras (e um dos mestres de Batman) resolveu que traria o garoto de volta a vida com seu Poço de Lázaro como uma forma de se redimir de seus pecados contra Wayne, mas algo dá terrivelmente errado e quando Jason retorna a vida e percebe que nem mesmo sua morte foi o suficiente para fazer Batman finalmente por fim a vida de Coringa, ele fica furioso como nunca antes, afinal matando o Palhaço, Batman pouparia muitos outros de terem o mesmo destino que ele teve. Todd então assume o manto de Capuz Vermelho e volta a Gothan com dois objetivos: o primeiro é literalmente por fim a vida dos bandidos da cidade; o segundo é buscar vingança contra Bruce Wayne por tê-lo esquecido sem vingança (ou seja, ele quer vingança porque não houve vingança…).
Em Arkham Knight (2015) vemos a mesma história mas em proporções ainda maiores, pois Jason aqui, assume a identidade de Cavaleiro de Arkham, (personagem criado especialmente para este game) e em parceria com outros vilões, mobiliza todo um exército especialmente treinado por ele para destruir o morcego.
Dentro do game suas aparições se tornam memoráveis pois fica evidente a cada embate, que o novo inimigo sabe muito bem como Batman pensa e que tomou todas as precauções para destruí-lo, quase conseguindo isso no decorrer da trama.


O INFORTÚNIO DE BATGIRL

Nem só de Robins vive o Batman, ainda temos a Batgil (e Batwoman, mas esta é assunto para outra edição), assim como muitos outros ajudantes menos conhecidos, mas foquemos agora em Batgirl, mais conhecida como Bárbara Gordon, a filha do comissário Gordon; ela simplesmente descobriu a identidade de Batman e passou a ajudá-lo em troca de seu silêncio.
É visível que a nova Bat-ajudante nutre um amor por Bruce (assim como metade da DC…), no filme “A Piada Mortal”, os dois finalmente terminam.. em sexo… mas não se tornam um casal exatamente e um dos motivos é que Coringa não gosta nada de dividir seu morceguinho!
Me desculpem, não resisti a essa piada. Na verdade, ele sequer sabia a identidade de Batgirl quando fez um ataque contra Bárbara Gordon, ou seja, a filha do chefe de polícia de Gothan, aliás, Coringa poderia ter descoberto a identidade de Batman se quisesse, mas conscientemente evitou tal oportunidade, como em Arkham Knight, onde o palhaço atira em Robin (Jason Tod) antes deste revelar a indentidade do Homem-Morcego, pois queria derrotar especificamente o morcego e não o homem por trás da máscara.
Barbara sobreviveu ao atentado, mas ficou na cadeira de rodas (o que parece que encerrou de vez suas chances com Batman), então passou a atuar como suporte técnico, sendo chamada de Oráculo.

OS ROSTOS ARRANCADOS

A HQ “Novos 52” (iniciada em 2011) traz novas histórias para o universo, como consequência, trás também novas origens para todos os personagens do universo DC, Coringa em especial, nos mostra também algumas surpresas, e devo dizer que estas são bastante chocantes!
Na edição 17 de Batman (edição brasileira da Panini), a Bat-Caverna é invadida por um Coringa totalmente insano, sua característica mais visível é que teve seu rosto arrancado fora (ele prendeu de volta na própria cara com grampos, barbantes e o que mais tinha a mão no momento), então, após uma emboscada, todos os “morcego-ajudantes” simplesmente acordam presos a uma mesa esperando o jantar ser servido, e como se isso já não fosse estranho, advinhe quem era o garçom?

– Coringa é claro!

É então que Batman percebe que, exceto por ele, os outros que estavam sentados (presos) a mesa, tinham seus rostos escondidos por faixas e bandagens de curativos; em seguida Coringa revela o prato do dia: a frente de cada um dos ajudantes (os Robins, Capuz Vermelho e Batgirl) há uma tigela com gelo e seus próprios rostos arrancados jazem perfeitamente conservados e encarando cada um de seus antigos donos!

– Agora todos a mesa são como o Coringa!

Furioso, Batman consegue se libertar e parte para cima do palhaço com intenção de tirar sua vida pelo que fez, após uma intensa perseguição, aparentemente Batman matou o Coringa, mas nada fica exatamente claro, pois Joker caiu em um dos precipícios da Bat-Caverna.
Um tempo depois Wayne se dirige a Arkham Asylum e descobre que o Coringa jamais fugiu de lá desde que fora preso meses antes do incidente com os rostos dos bat-ajudantes, além do mais, é visível que “este Coringa” nunca teve seu rosto arrancado como “o anterior”, sequer ele jamais esteve na Bat-Caverna; ao se olharem fica claro que este Coringa sempre soube da identidade de Bruce, mas jamais o atacaria desta forma, antes preferia eliminar o próprio Batman.
Acredito que com minha descrição sua ficha já deva ter caído, mas se não caiu vamos lá: esta foi a primeira prova que Batman teve, de que não existe apenas um Coringa, mas vários, cada um com sua particularidade e forma de agir ligeiramente diferente, mas todos igualmente loucos e obcecados pelo Cavaleiro das Trevas!

O CORINGA DA FAMÍLIA

Imagino que posa ter pensado no parentesco entre Bruce Wayne e Joker proposto no filme Coringa de 2019, mas não é a isso que me refiro, pois esta ideia não é exatamente nova, embora não tenha sido tão explorada assim antes. No excelente filme de animação “Liga da Justiça: Ponto de Ignição” (2013), Flash tenta alterar o passado a fim de salvar a vida de sua mãe, mas esta decisão tem consequências terríveis, pois seu retorno no tempo cria algo chamado de “ondas temporais”, afetando o fluxo da história em todas as direções, passado, presente e futuro, com isso toda a história do universo DC que conhecemos vira de pernas para o ar; é claro que, o que nos interessa aqui é falar do Coringa e por tabela, do Batman: na fatídica noite em que os pais de Bruce Wayne morrem, dando origem ao Batman, a interferência de Flash faz com que seja Bruce a ser morto não os pais do garoto; o resultado disso é que Thomas Wayne se torna o Batman, porém ele é muito mais vingativo atuando com armas de fogo e eliminando os bandidos.
As consequências para Marta Wayne são ainda mais surpreendentes, pois ela confirma mais uma vez a teoria de que “basta um dia ruim para que a loucura domine”, se tornando então: “a Coringa”!

O BATMAN ATIRADOR (THOMAS WAYNE)

Baseados nos HQs que reformularam o universo publicados a partir de 2011, tem saído muitos filmes de animação, “mais adultos” e profundos do que as antigas “séries infantis”, e todos estes filmes têm se conectado e feito relação com outros universos, por exemplo: em “Esquadrão Suicida Hell to Pay” de 2018 (quase sempre, antes de sair um filme com atores reais, saem 2 ou 3 animações, e a respeito do ES, temos 2 animações, sendo a primeira chamada de “Batman: Assalto ao Arkham” de 2014, e devo dizer que é exatamente aquilo que o “filme real” deveria ter sido!), há uma “continuação/relação” com “Ponto de Ignição”: Batman (Thomas Wayne) conseguiu acertar um belo tiro na cabeça de Eobard Thawne (Flash Reverso) vindo a matá-lo, mas devido a seus poderes, ele conseguiu estender em muito o tempo que seu corpo levaria para “terminar de morrer” e agora compete com o Esquadrão pela posse de um cartão muito especial, o qual dizem ser um passe para os maus que morrem, levando-os direto do inferno para o paraíso!

O FILHO DO BATMAN (2014)

E aqui temos o quarto Robim: Damian Wayne, filho de Bruce e Talia Al Ghul. Desde o nascimento o garoto foi treinado para liderar a Liga dos Assassinos e acabou se tornando um prodígio do combate, claro que neste filme em particular, existe um grande exagero nas cenas de ação, pois vemos uma criança de 10 anos simplesmente arremessando um “brutamontes de 3 metros de altura” com muita facilidade, o que na minha opinião o faz não ser um filme tão bom como poderia; não estou (obviamente) dizendo que seria impossível para o jovem Damian vencer um adulto, ainda mais sendo tão talentoso, mas imagino que todo treino do mundo não o faria superar a força física de um guerreiro tão grande (daquela forma tão espalhafatosa) que também tem treinado por toda a vida; faria mais sentido se o Robin usasse de sua agilidade e astucia, quem sabe até saltando e golpeando com uma arma, tal qual vimos no épico momento em que Mestre Yoda finalmente mostrou do que era capaz (Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones), seria algo bem mais aceitável.
A relação inicial dos dois (Batman e seu filho) não é nada boa, embora eles melhorem durante os próximos filmes (“Batman Vs Robim” de 2015 e “Sangue Ruim” de 2016), mas não é tão satisfatória e Robin (Damian) acaba indo passar uma temporada com os Jovens Titans no filme “Liga da Justiça vs Jovens Titans” de 2016.

OS NOVOS CORINGAS

Os games trouxeram o Batman a um novo patamar em todos os aspectos, ao mesmo tempo que vem também se inspirando em muitas histórias dos quadrinhos para criar seu próprio universo: no segundo game (“Arkham City”) vemos que Joker está morrendo devido a seus experimentos com a Fórmula Titã (em Arkham Asylum), sem opção ele faz (a força) uma transfusão de seu próprio sangue em Bruce, para motivá-lo a buscar uma cura, ele também diz que mandou amostras de seu sangue envenenado para vários hospitais da cidade e que muitos seriam infectados, então Batman acaba buscando ajuda de Mr. Freeze e até de Ra’s Al Ghul e, embora ele tenha sucesso em se curar, as coisas não dão tão certo para o Palhaço… sim, Coriga morreu!
Tanto que logo no início de Arkham Knight, vemos que Jim Gordom está cremando o corpo de Coringa, mas ainda resta o problema do sangue infectado espalhado pela cidade. Obviamente Batman fez tudo o que pôde para recuperar esse sangue e salvar a todos, mas 5 pessoas acabaram sendo contaminadas e vejam só: surgiu uma doença que os estava transformando em Coringas!
Arlequina também vai em busca de seus novos “pudinzinhos”, e como tudo já estava dando errado mesmo, por que não estragar mais ainda a vida do morcego?
Tendo sido ele mesmo infectado com sangue do Palhaço insano no game anterior, o próprio Coringa acaba retornando do além direto para a mente de Bruce, e passa a tentar assumir o controle de seu corpo, o fazendo ter alucinações e vez ou outra agir como Coringa, Batman está prestes a se tornar “O Coringa”, o maior deles, como disse o próprio palhaço (semelhante a “Batman que Ri” de 2005)!

CORINGA DO FUTURO

Durante toda esta edição já percebemos que sem Coringa não existe Batman, mas o que dizer da série Batman do Futuro?
Embora ela não seja ruim, ao contrário, tenha seus pontos fortes, ela é bem pouco conhecida, e além da série há um filme chamado “Batman do Futuro: O Retorno do Coringa” (2000), que tem uma história bem curiosa, porém, para ficar um pouco mais “abrangente”, vou tentar englobar aqui alguns detalhes da série animada antes de falar do filme, e também de “Liga da Justiça Sem Limites” (2004), já que há nela alguns episódios dedicados a este futuro.
Então vamos voltar um instante aos Robins, pois se tiver notado, pulamos o terceiro deles: matar um Robin (Jason Todd) não foi o bastante, desta vez Coringa e Arlequina sequestram “outro menino prodígio”, Tim Drake e fizeram lavagem cerebral nele, tornando-o em um tipo de “Coringa Jr”, e é neste estado que Batman e Batgirl encontram o garoto; o resultado de tudo isso é que Tim teve problemas psicológicos graves, ainda mais tendo sido ele o responsável pela morte do palhaço!
Quanto a cena da morte de Joker, há uma outra história curiosa a ser contada: o filme foi lançado em 2000, e originalmente Robin (Tin Drake) atiraria com uma arma contra Coringa o matando, porém, justo no mês de lançamento houve um massacre que chocou os EUA, quando um aluno matou várias crianças numa escola, então o filme foi adiado por alguns meses e teve a cena da morte do palhaço refeita, onde, durante a luta, Robin o atira em alguns cabos elétricos o matando eletrocutado. Anos depois a versão original foi lançada em DVD e podemos encontrar ambas dublados.
Bem, até então acreditava-se que tanto Joker como Arlequina (que lutou contra Batgirl) estavam mortos, e Bruce continuou seu trabalho nos anos seguintes sozinho, mas com o passar do tempo até o Batman envelheceu e outro teve de assumir o papel de defensor de Gothan, neste ponto algumas histórias dizem que Dick Grayson (Asa Noturna) retornou e tomou seu lugar durante muito tempo. Mas o tempo não para e o manto teve de ser passado mais uma vez. É então que Amanda Waller (sim ela mesma), agora arrependida de seu trabalho em Cadmus percebe que o mundo precisa de um Batman, então sobre-escreve o DNA de Bruce em um garoto chamado Terry Mcginnis, mais precisamente no pai do garoto, seu objetivo era que a criança fosse um tipo de filho de Bruce Wayne e que herdasse suas características, sua astucia principalmente; posteriormente ela até mesmo contratou um assassino para matar os pais do garoto a fim de completar a transformação, porém este não chegou a concluir a missão. De um jeito ou de outro, Terry acaba sob a tutela de Bruce Wayne, que o treina como o novo Batman; armado com um traje futurista que confere força aumentada e capacidade de voo ele protege as ruas de Gothan 60 anos no futuro.

Um dos pontos mais interessantes desta série não é exatamente ver um novo Batman, mas sim as ligações com o passado do seu predecessor, como a “Gangue dos Coringas”, um tipo de grupo criminoso que trilha os passos do palhaço, e o mais incrível aqui fica por conta das gêmeas Dee e Dee, netas de Arlequina. Como se tudo isso não bastasse de novo, Coringa em pessoa é visto andando por aí, mais de 50 anos após sua morte. Diante disso, Bruce Wayne tenta fazer com que Terry fique longe deste caso, mas quando Joker vai em busca do velho morcego aposentado, o confronto é inevitável.

– Mas afinal, como ele retornou?

Lembra-se de quando outro dos Robins (Tim) foi pego e sofreu uma lavagem cerebral?
Na mesma ocasião um chip contendo o DNA e mente do Coringa foi implantado nele, e ao longo dos anos esse implante foi ficando cada vez mais forte até que finalmente transformou o “também velho” Robin em um clone perfeito do palhaço mais insano da história!

CORINGA IDOSO (UNIVERSO ALTERNATIVO)

Um dos melhores filmes que se pode existir envolvendo estes personagens é “Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge”, mas ATENÇÃO: não me refiro ao filme de 2012 estrelado por Christian Bale e sim aos dois filmes de animação que recebem o mesmo nome: “Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge Parte 1”, também de 2012 e “Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge Parte 2”, lançado em 2013.
Este é um universo paralelo em que os acontecimentos levaram tudo a um desfecho bem diferente do que ocorre em Batman do Futuro: aqui o governo dos EUA sempre temeu o poder que os heróis têm, principalmente após ver os Lords da Justiça, um universo alternativo em que a Liga da Justiça simplesmente resolveu acabar com todo o mal, tomar o controle do mundo para si e fazer as próprias leis.
Na HQ “Injustiça: Deuses entre Nós” (2013) que inspirou a história do Game de mesmo nome isso também ocorre. Na ocasião Coringa ataca Superman com uma mistura do gás do Espantalho e Kryptonita, o levando a matar Lois Lane e seu próprio filho, diante disso Superman perde a pose de bom moço e mata Coringa imediatamente, mas acaba tomando gosto pela coisa e também toma posse do mundo.
Em nossa realidade (a equivalente a ela dentro da DC), o governo temendo esta possibilidade criou o projeto Cadmus, a cargo de Amanda Waller, o objetivo do projeto seria criar armas para lutar contra os heróis caso estes tentassem tomar o poder, vemos esta disputa em várias animações, em especial na série “Justiça Jovem” (2010), protagonizada pelos ajudantes dos heróis principais.
Voltando ao filme do morcego (O Cavaleiro das Trevas Ressurge): temos um desfecho diferente nesta disputa, pois após uma grande guerra entre heróis e governo, em que muitos foram mortos de ambos os lados, os heróis foram abolidos (ao estilo Os Incríveis), restando apenas uns poucos a serviço do governo como o próprio Superman. Com a proibição Bruce Wayne se retirou para os negócios durante décadas.
Mas uma nova ameaça surge, os X-Men… digo… uma terrível gangue trajada com óculos semelhantes aos de Ciclope e que se intitulam Os Mutantes (uma clara alfinetada a Marvel). Este terrível grupo têm criado o caos na cidade de Gothan, esfaqueando pessoas nas ruas, sequestrando outras e as matando mesmo após receberem o resgate, e o pior, não há mais heróis para combatê-los, nem a polícia pode com eles. Vendo tudo isso Bruce decide voltar a ser o Batman e combater a gangue.
No primeiro filme notamos que os anos parado e a idade cobraram seu preço: Batman agora está lento, gordo e comete erros; ele realmente tem de suar muito e se machucar até recuperar um pouco de sua antiga condição e aprender a lutar de forma nova, pois agora ele não passa de um velho; mas uma coisa que nunca muda é que Batman sempre precisará de um Robin, então o quinto deles aparece sob a identidade de uma garota chamada Carrie Kelley, ambos dão um jeito na gangue e em um combate épico Bruce derrota o líder Mutante numa revanche onde técnicas de Jiu-Jitsu, pontos de pressão e a experiência foram os fatores determinantes para a vitória do velho Batman.
É óbvio que o retorno do Homem-Morcego não passaria despercebido por ninguém, no filme 2, encontramos um Coringa que havia perdido toda a vontade de viver sem um Batman para desafiar e desde então se recolhera num hospital psiquiátrico; ele simplesmente volta a vida ao ver no noticiário que o Cavaleiro das Trevas ressurgiu. Pensando em se aproveitar da publicidade, o médico do palhaço o leva a um Talk Show, onde, durante a entrevista, Coringa corta a garganta do doutor com uma caneca quebrada, mata o apresentador, todos da plateia e em seguida convida o morcego a brincarem como nos velhos tempos.
Bruce não amarela e vai de encontro ao palhaço, mas os anos e o sofrimento o mudaram muito, ele percebeu que pessoas morrem quando se deixa maniacos vivos; é então que uma “bat-shurikem” se crava no olho de Joker, o mesmo recorda ao Batman o fato deste não matar, mas Bruce retruca dizendo:

– Eu cansei de brincar!

A cena seguinte é brutal, Batman quebra a coluna de Coringa, o deixando tetraplégico e num ato final (que desafia a lógica da vida real) o palhaço ri insanamente ao terminar quebrar o próprio pescoço!
Tudo isso ainda não é chocante o bastante?
Espere pra ver o governo mandar Superman para silenciar Batman!
Bruce Wayne e Olyver Queen (Arqueiro Verde) se aliam para o confronto, pois anos atrás Superman havia arrancado um braço de Oliver para que este não pudesse mais atirar flechas, porém, o Arqueiro não perderia uma chance de se vingar, nem que tivesse de puxar uma flecha de kriptonita com os dentes!
Deste trabalho em equipe Batman consegue por Clark de joelhos, a semelhança deste trecho com o filme “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” de 2016 é notável, se reparar, tanto Marvel como DC já tiveram o costume de testar ideias para seus filmes em animações lançadas previamente, e claro que este foi um teste para a aceitação de tal duelo antes do “filme verdadeiro”.




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